E ela era assim - intocável, a seu modo; e não desejava ser tocada - embora esperasse, de alguma forma, por isso.
Sentia-se à parte do mundo, e uma barreira transparente e frágil a envolvia e a afastava de tudo o que pudesse faze-la sucumbir.
Ela não desejava fraquejar - e como fraquejara!
Desejava ser ave, desejava voar!
Mas a vida a mantinha assim-engaiolada.
Suas asas eram curtas, e seus voos, baixos - o que a deixava triste. ELa tinha um ar melancólico, que se perdia no horizonte, buscando o céu, buscando o mar.
E com que frequência fugia, assustada, quando tentavam apanhá-la!
Seu voo era rasante; seu cantar, mudo; seu olhar, colérico; suas palvras, duras.
Ela não era fria... Era apenas de natureza livre, e quem quer liberdade, não se deixa dominar.
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