sexta-feira, 25 de março de 2011

Cansei de Vocês.

  Me cansei de ir para os mesmos lugares, encontrar as mesmas pessoas, e ter que dizer as mesmas palavras para elas, poia as perguntas não mudam. Sabem, eu estou ótima, mas eu detesto que me perguntem se 'estou bem'.
  Alguém está realmente interessado? Tudo bem se estiver mesmo, mas é só uma pergunta educada e sem noção, do tipo que não acrescenta nada na vida de ninguém.
  As pessoas parecem não mudar, 'nada muda, se você não mudar'.. O problema é que se eu mudo, eu as vejo de outra forma, e às vezes elas me parecem tão monótonas e sem graça, ou parecem repetitivas, eu sei que eu só queria uma grande mudança em minha vida, de verdade. Uma  mudança radical mesmo, eu já cansei de coisas feitas pela metade.
  Ninguém termina o que começa. isso me irrita. Tudo bem, ru me irrito por pouco, ou nada, mas conviver é uma arte que poucas pessoas dominam..
  As pessoas são todas loucas e anormais, à seu modo, e às vezes, não dá para entendê-las.

      'E eu cansei de tentar.'


terça-feira, 22 de março de 2011

  Ela realmente gostava dele. Não mais, era um amor estagnado. Talvez, fosse até um amor que diminuía a cada dia que passava... e ela queria que passasse, mas se sentia balançada com cada mensagem que ele lhe mandava.
  Quando a garota pensava que o tinha esquecido, ele lhe mandava mensagens, lembrando que ainda a amava.
  Ela aparentemente ria, mas ao final do dia, sozinha em seu quarto, seu refúgio, pensava neles, e como foi que acabaram daquele jeito.
  A porcelana da fina pele de seu rosto tremulava com suas ameaças, concretizadas ou não, de choro.
  Vez ou outra, um fio transparente de lágrima descia de seus olhos e morria em seus lábios. E ela nem se preocupava em enxugar, ou esconder. Não tinha vergonha das lágrimas, de sua dor.
  Afinal, eram as marcas definitivas do sentimento inegável que a garota trazia, e morria, sufocando-a, na medida em que as sombras envolviam seu coração.
 A força de seguir, era demais, mas ela lutava, e já sabia como viver sem ele, e o por que disso.
  Porém, ele insistia em lembrá-la, trazendo-lhe alegrias momentâneas, que iam, como folhas ao vento:
 
  'Ainda Te Amo'

 

sábado, 5 de março de 2011

A Garota dos Olhos de Mel

Um dia eu encontrei, no espelho; a figura de uma garota bonita, que me fitava com grandes e profundos olhos que tinham a cor do mel.
Que beleza eram aqueles olhos! Divinamente perfeitos. Mas eu cstumava encontrá-la, carregando nos belos olhos, uma certa tristeza.
Era uma tristeza profunda, que nem mesmo ela reconhecia, às vezes. Parecia carregar cicatrizes de duras lutas e provações, nos olhos que me fitavam, naqueles instantes fugazes.
Havia uma certa doçura em seu ar de tristeza... Em seus olhos, se refletia a imagem do cordeiro, que sabe que vai ser sacrificado e espera, resignado, pela sua sentença de morte.
Eu não conseguia ver nada nela; os longos cabelos escorridos não prendiam minha atenção; nada se comparava ao fascínio exercido pelos olhos de mel.
Vez ou outra, ela esboçava um sorriso... e eu via vida em seus olhos, que sorriam com seus lábios. Que eram incríveis, quando sorriam!
Mas em geral, os olhos buscavam os meus e os fitavam, e ela nem se movia. Parecia examinar a tristeza profunda nos olhos, que ficava escondida em sua expressão de aparente seriedade.
As longas pestanas piscavam, as pupilas não desviavam sua atenção. O calor líquido natural dos belos olhos era esfriado, por aquela expressão de tristeza.

'Que garota solitária!' - pensava eu.

Mas eu sabia que ela gostava de me olhar. Eram instantes preciosos.
Pois ninguém entendia, a tristeza que carregava nos olhos, a doce garota do espelho, a garota dos olhos de mel.