segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

  E mais uma vez, eu não me acho bonita. Olho no espelho e não gosto do que vejo. E não, não é por me achar acima do peso, me achar gorda ou algo assim.
  Agora, carrego fundas olheiras, que me lembram das dolorosas lágrimas que derramei. Minha córnea está escurecida, a boca, seca. E nos lábios, nem a sombra de um sorriso. Pareço doente, fraca talvez.
  Pode ser a falta de comida, mas esse físico não me incomoda mais. Só sinto sede, a fome se foiu, e não sinto falta dela. Na verdade, eu só sinto falta dele. De seu amor. Do carinho, das provas, das brincadeiras. Até das brigas.
  É, é melhor viver com você do que sem, sem brigas, mas sem vida. É como me sinto, como se carregasse uma SOBREvida. Como aguentar, estou a um passo da morte certa.
  Estou andando sobre a corda bamba, mas ninguém vai me segurar se eu cair. Se eu hesitar, posso pagar um preço bem alto, se continuar, me preparo para a dor.
  Não, não existe caminho fácil dessa vez. É escolher entre a faca e o revólver.
  "Não quero viver sem você, mas não posso viver com você''
  Me machuca sua frieza, como finge que está tudo bem. Está, para você? Para mim, não. Eu encaro o celular, ele me encara de volta, e não passa disso. Promessas? Quebradas.
  Você prometeu agir quase como antes comigo, mas age como antes DE MIM.
  Me dizem que vai passar, vou sobreviver. A culpa NÃO foi minha, eu não posso me convencer do ontrário. Se errei, assumi. Mas não para estar assim, como está.
  Sozinha. Triste, Sonolenta. Sem comer. Sem sorrir. Me mascarando. Me odiando. Mas... te amando.

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